A Maternidade Divina e a Imaculada Conceição de Maria
Sou verdadeira Mãe de um Deus que é Filho,
E sou Sua Filha, ainda que ao ser-lhe Mãe;
Ele de eterno existe e é meu Filho,
E eu nasci no tempo e sou sua Mãe!
Ele é meu Criador e é meu Filho
E eu sou sua criatura e sua Mãe.
Foi divinal prodígio ser meu Filho
Um Deus eterno e ter a mim por Mãe.
O ser da Mãe é quase o ser do Filho
Visto que o Filho deu o ser à Mãe
E foi a Mãe que deu o ser ao Filho
Se, pois, o Filho teve o ser da Mãe,
Ou há de se dizer manchado o Filho,
Ou se dirá Imaculada a Mãe!
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Ato de amor ao Santíssimo Sacramento
Minha vontade está pronta
Para seguir-vos, Senhor,
Sejam firmes meus desejos,
Seja firme o meu amor.
Quem me dera estar seguro
De nunca mais ofender-vos;
Meu Deus, quem me dera ser
O maior de vossos servos.
Meu coração vos pertence,
Meu adoravel Senhor,
Prendei-o bem preso ao vosso
Com grilhões de puro amor.
Governai, meu bom Jesus,
Governai meu coração,
Não consintais que nele entre
A menor imperfeição.
Que mais pode apetecer
Um verdadeiro Cristão,
Do que amar sempre seu Deus
Com todo o seu coração?
Bendito e louvado seja
O meu Jesus adorado,
Bendito seja para sempre
O meu Deus Sacramentado!
.Conhecendo a Deus pela fé
Que bem sei eu a fonte que mana e corre
Mesmo sendo noite!
Aquela eterna fonte está escondida.
Mas bem sei eu onde tem sua guarida,
Mesmo sendo noite!
Sei que não pode haver coisa tão bela
E sei que os céus e a terra bebem dela,
Mesmo sendo noite!
Sua origem, não a sei, pois não a tem,
Mas sei que toda a origem dela vem
Mesmo sendo noite!
O fundo dela, sei, que não se pode achar,
E que ninguém pode por ela a vau passar,
Mesmo sendo noite!
Sua claridade nunca é obscurecida
E sei que toda a luz dela é nascida,
Mesmo sendo noite!
Tão caudalosas são as suas correntes
Que céus e infernos regam, e as gentes,
Mesmo sendo noite!
A corrente que desta fonte vem
é forte e poderosa, eu o sei bem,
Mesmo sendo noite!
A corrente que destas duas procede
Sei que nenhuma delas a precede,
Mesmo sendo noite!
Aquela eterna fonte está escondida
Neste pão vivo para dar-nos vida,
Mesmo sendo noite!
De lá está chamando as criaturas,
Que desta água se saciam às escuras,
Porque é noite!
É esta a viva fonte que desejo
E neste pão de vida é que eu a vejo,
Mesmo sendo noite!
Hino a Maria
Desde que Santa Isabel proclamou a Virgem Maria “bendita entre todas as mulheres”, o Espírito Santo não cessa de inspirar cantos e poemas em honra de sua Esposa Imaculada. Como este hino, composto pelo Pe. Antonino Marino, Adjunto para a Vida Consagrada do Vicariato de Roma.
Alegrai-Vos, Rainha,
À direita do Rei eterno, Jesus Cristo,
Cordeiro imortal
E dominador da terra.
Sentai-Vos revestida
Da luz refulgente
Do Sol de Justiça,
O Verbo Encarnado,
Que Vos cingiu com doze estrelas
Como uma coroa sobre vossa cabeça.
Reinais sobre o trono
Da celeste Jerusalém,
Vestida como esposa
Que desce do Céu.
Admiráveis são vossas luzes
Que alegram a santa Cidade de Deus
Colocada sobre firmes fundamentos
Marcados pelos doze nomes
Dos enviados do Messias.
Os redimidos aclamam
Aquele que vence a morte
E exultam com vosso cântico de louvor
Nas palavras que são espírito e vida.
A vossos pés a lua ressalta com luz
O domínio de vosso nome santo
Que renova o mundo
Com a força do vosso coração
Que acolhe a vontade do Pai.
Amada e predestinada pelo Senhor,
O Verbo fez de Vós seu caminho,
E sobre solo fértil
Estendeu-se a sombra do Altíssimo,
Fazendo germinar o fruto bendito
Do vosso ventre, Jesus.
De Vós o autor da vida tomou vida.
Em Vós alegram-se todas as criaturas.
Aquele que do nada tirou
Todas as coisas que existem,
Criou-Vos primeira estrela da manhã
No firmamento celeste de seu Reino.
O Pai ao mundo Vos anuncia,
Mulher de salvação,
Valente guerreira em combate,
Que repara o pecado de Adão
Com perfeita e nova harmonia.
Mulher prometida depois de Eva,
Tornada imaculada desde o início,
Esmagais a cabeça do inimigo
Com a força da estirpe
Eleita e santa
Das testemunhas de Jesus Cristo
Que Vos oferece a nós como Mãe.
Virgem Senhora,
Esposa e Mãe,
Santa Maria de Deus
E da humanidade,
Ouvi o clamor e acolhei
as súplicas da família humana.
Virgem inefável e fiel,
Luzeiro da santa luz incriada,
Serva do Deus verdadeiro,
Encerrais em vosso seio
O mistério oculto nos séculos.
Velo regado de orvalho celeste,
Escrínio selado do Reino de Deus,
Levais em vosso nome
A pérola preciosa do Evangelho.
Ó Maria, com vossa fé dais início
Ao cumprimento das Escrituras
Da Lei e dos Profetas
E abris à eterna Aliança.
Honra do nosso povo,
Glória de Jerusalém,
Amor de todos os vossos filhos,
Ó toda bela e sagrada de Deus.
Vós, verdadeiro tesouro
Do qual haurimos
Coisas novas e antigas,
Rede lançada ao mar
Por ordem do Senhor,
Levais aos olhos cansados dos apóstolos
A surpresa dos milagres inesperados.
Mãe do pescador, do semeador,
Do agricultor e do bom pastor,
Ao vosso amor se rende todo amor.
Desposada com José, filho de Davi,
No Templo recebeis a espada
Predita por Simeão,
Que, ferindo vossa alma,
Atinge de um só golpe
A carne do Filho de Deus,
Que é vosso.
Vemos vossa maior dor no caminho,
Ali onde verteis lágrimas
Por aquele Sangue divino
Derramado na Cruz pelo Senhor.
Nova e verdadeira Mãe
Dos que têm a vida da fé,
Fonte da tristeza
Que a brisa do Espírito
Transforma ao romper da aurora
Na doce alegria da Páscoa.
O fogo do Espírito
Tempera os corações
Dos apóstolos, filhos vossos,
Ao redor daquela mesa
De unânime oração
Na qual a água da antiga Lei
Fazeis sempre transformar-se
No bom vinho do eterno amor.
Subis e emergis na luz solar
Do Eterno
Ao abraço concorde
Da Trindade santa e feliz,
E a espada de dor que Vos foi tirada
Transpassa agora na terra
O coração nascente da Igreja.
Ave Maria,
Saudada por Gabriel
E pelos coros celestes.
Ave Maria,
Virgem e esposa intemerata,
Vinha intacta, fonte selada,
Ovelha imaculada.
Atenta Serva do Senhor,
Verdadeira alegria do Bom Pastor
No aprisco eterno,
Incitais multidões de filhos vossos
A entrar no banquete da vida.
Oceano de todas as graças,
Abris a porta da casa de Deus
Para que ali possamos viver
Na eterna paz. Resplandeceis de luz
E indicai-nos o caminho,
Ó Mãe e Virgem prudente,
Cuja lâmpada jamais se apagou.
Guiai-nos ao porto,
Ó Estrela do Mar,
E estreitai vossos filhos a Vós,
Que os povos proclamam ditosa
Nas eternas núpcias do Esposo.
Mostrai-nos vosso rosto, ó clemente,
Volvei a nós vossos olhos, ó piedosa,
Sobre nós estendei vosso manto,
Ó doce Virgem Maria.
A Vós se eleve um hino de louvor,
Ó cheia de graça,
A Vós o pranto dos filhos
No caminho de volta
Ao vosso refúgio,
Ó Mulher entre todas bendita,
Santa Maria.
Revesti-Vos do traje nupcial
Tecido pelo vosso amor,
Ó mística rosa da sarça ardente,
Para o dia sem fim
Do convívio eterno
Na terra prometida pelo Senhor.
Ave, Filha do Pai.
Salve, Mãe do Filho.
Exultai e alegrai-Vos,
Esposa e templo do Espírito Santo.
Amém.
Fonte: http://www.revista.arautos.com.br/RAE51-hino-a-maria.asp .